terça-feira, 7 de novembro de 2017

12- Nós,os adeptos!

Na verdade acho que é o Jubas que usa o 12 em campo
É difícil falar sobre o que este clube significa para nós. Que nos move, nos une, nos faz sofrer, chorar, rir e gritar bem alto "Sporting!".

Tornei-me Sportinguista por influência da minha família paterna. O meu avô é sportinguista, fez o filho ser mais um e este fez-me a mim ser. Até a minha mãe, portuense e nascida numa família de portistas, cedo decidiu ser diferente e apoiar o verde-e-branco. Sou jovem, pouco me lembro dos festejos do nosso último campeonato, apesar de guardar religiosamente uma camisola desse ano que, obviamente, está longe de me servir hoje em dia.

O ano da taça UEFA em Alvalade, do trajeto épico culminado em Alkmaar e da facada que foi perder em casa.

Desde 2007/08 que comecei a comprar os guias da época de um jornal desportivo, a seguir as notícias todos os dias, a ficar doente por não poder ver os jogos. Lembro-me bem de um jogo contra o Estrela da Amadora nesse ano, Taça de Portugal, havia algo de importante na televisão (mais importante que o Sporting, imagine-se) e a minha mãe, com todo o seu inquestionável estatuto, apoderou-se da TV e fui a correr para o meu quarto ouvir o resto do jogo no rádio. Estava 0-0. Eram os quartos-de-final e o jogo não desatava. Purovic (lol) entra em campo. Aos 90 minutos, após jogada no lado direito Purovic marca. Deliro. Ia virando o meu quarto de pantanas com o delírio. Ouvir jogos no rádio hoje já não me deixa tão nervoso como antes, mas nesse dia... Bem, depois vi o resumo e realmente foi um golo para recordar, não só porque nos fez seguir em frente numa competição que acabaríamos por vencer (jogo da vida de Tiuí, outra lenda), mas também porque foi um dos golos mais "mijados" que já vi na vida.




Agora em retrospetiva digo que foram tempos engraçados em Alvalade. Izmailov com uma bomba deu-nos a Supertaça contra o Porto, que mais tarde acabariamos por vencer nessa final da Taça. Porra, o Tiuí bisou e até de bicicleta marcou.
É bem possível que o meu sportinguismo tenha explodido com a vitória na Taça de Portugal no fim da época anterior, com golo de Liedson frente ao Belenenses de... Jorge Jesus.



Desde aí muito episódios para mais tarde relembrar. A Supertaça ganha com bis de Djaló,  passagem em Twente com "golo" de Patrício, a primeira passagem aos oitavos da champions, a Taça Lucílio, a eliminação do Manchester City na Liga Europa, a Taça de Portugal após reviravolta frente ao Braga e a supertaça frente ao Benfica.

Tem falhado o campeonato. Já são bastantes anos a ver o verdadeiro título fugir.

E é isso que me faz deixar esta nota mais pessoal para entrar no assunto dos adeptos em si.

Muitos se perguntam como podemos apoiar desta forma incondicional o Sporting após tantos anos de seca e de uma forma crescente. A resposta é sempre a mesma: não se explica, sente-se.

Passámos por momentos duros. A época em que ficámos em 7º lugar foi o fundo do poço. Foi muito mau. Treinadores e treinadores, más contratações e uma aposta como nunca antes vista na formação por falta de meios. Infelizmente (ou felizmente) durante o aparecimento de uma geração que prometia bastante (Cédric, Ilori, Dier, Pedro Mendes, João Mário, Zezinho, Esgaio, Bruma e Betinho). Alguns deles não chegaram muito longe e dificilmente o farão. Talvez noutras condições tivessem tido melhor sorte (falo de casos como Ilori e Bruma, que saíram cedo e mal). Outros ganharam com isso como Dier, que se tornou aposta regular.

Com o início da presidência de Bruno Carvalho as coisas mudaram. Um verdadeiro adepto a presidir o clube criou uma áurea diferente no clube que uniu outra vez os sportinguistas. Melhores contratações, estádio mais cheio numa tendência que ainda hoje se mantém de ano para ano, barreira dos 100.000 sócios ultrapassada, boas escolhas para treinadores e continua aposta na formação. Muitos erros à mistura, mas isso é outra conversa.

Se fosse pelo nosso amor e sofrimento por este clube já teríamos sido campeões nos últimos anos. Jogamos quase sempre em casa, seja em Vila do Conde, Chaves, Braga ou Santa Maria da Feira. A Onda Verde que se formou foi muitas vezes uma força extra para os nossos jogadores.

A raiva de vermos "o nosso grande amor" a ser tratado de forma desigual e injusta na comunicação social, com notícias inventadas e não-notícias que nos querem destabilizar. Os ataques ao presidente, as polémicas com os jogadores e o treinador.

Ser do Sporting é ser apaixonado pela Maior Potencia Desportiva Nacional, por um clube eclético, com princípios e iniciativa.

Ser do Sporting é sofrer sempre todos os jogos quer seja uma final ou um jogo para cumprir calendário.

Ser do Sporting não se explica, sente-se.
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Rever análises anteriores ao plantel:
4- Coates
10- Alan Ruiz
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