sábado, 28 de outubro de 2017

Sporting e a camisola 7

Na análise que tenho feito aos jogadores do plantel (ver posts anteriores), tenho feito a escolha por ordem numérica e, caso houvesse, hoje seria a vez do camisola 7.

Número esse que não tem sido muito abençoado nos últimos anos, talvez décadas mesmo.

Vamos analisar:

1994/95  Luís Figo
1995/96  Sá Pinto
1996/97  Sá Pinto
1997/98  Iordanov
1998/99  Leandro
1999/00  Delfim
2000/01  Sá Pinto
2001/02  Marius Niculae (Sá Pinto ficou com o 10)
2002/03  Marius Niculae
2003/04  - (Niculae mudou para o 9)
2004/05  -
2005/06  -
2006/07  -
2007/08  Marat Izmailov
2008/09  Marat Izmailov
2009/10  Marat Izmailov
2010/11  Marat Izmailov
2011/12  Bojinov (Izmailov mudou para o 10)
2012/13  Jeffren, (17 na época anterior)
2013/14  Shikabala
2014/15  Shikabala
2015/16  -
2017/18  Joel Campbell

Lesões, problemas no clube ou simplesmente jogadores abaixo do esperado.
As memórias que melhor tenho remontam para o ingresso de Izmailov mas aqui vai:

LUÍS FIGO- Pouco há a dizer sobre este jogador, um dos melhores de sempre da história do futebol português e mundial, com carreira no Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão. 127 internacionalizações e 32 golos pela Seleção Portuguesa, tendo esses números já sido ultrapassados por CR7. Talvez a exceção nesta lista, visto que teve uma carreira invejável, passe as polémicas em espanha e o fato de ter saído barato de Alvalade (2,5M€).


RICARDO SÁ PINTO- 45 jogos/10 golos por Portugal, um dos símbolos do Sportinguismo, seja pelo seu trajeto como jogador como treinador (tão cedo não nos esqueceremos de cânticos como "Aperta com eles Sá Pinto" e da eliminação do poderoso Manchester City na Liga Europa). Tinha garra como poucos... e talvez seja isso que causou alguns dos episódios menos positivos na carreira, como as agressões a Artur Jorge e Liedson (já não como jogador).


IORDANOV- Outro histórico do Sporting, campeão e capitão, um lutador. Passou por momentos muito maus com uma doença grave que o deixou mal, estando melhor hoje em dia. Não que a culpa seja da camisola, mas mantém-se uma áurea negativa em torno do número.
Não consegui encontrar uma foto de Iorda9 com o número 7...
LEANDRO-  Não tenho memórias deste jogador, mas pelo que investiguei trata-se de alguém que não atingiu o seu potencial devido à sua conduta fora do campo. Ficou na história por ser o primeiro jogador verde-e-branco a marcar na Liga dos Campeões frente ao Beitar (bisou até). 

DELFIM- Outro caso semelhante ao anterior. Conseguiu jogar no Marselha à confiança de Paulo Futre (li o livro dele), mas tirando isso... uma carreira pouco marcante (1 jogo por Portugal).
NICULAE- Era com cada "buja"... mas lá está, pena as lesões... Até esteve perto de regressar a Alvalade perto de acabar a carreira, mas só ficou pelos rumores.
Com o 7
Depois com o 9
IZMAILOV- Venha quem vier, aquele golo no seu primeiro jogo oficial, que nos dá a Supertaça frente ao FC Porto, ficará sempre na minha memória. 
Foi a partir desta época que comecei a seguir religiosamente todo e cada jogo do Sporting como se fosse minha profissão, um título após anos de seca.
Passando ao jogador: era craque, dos melhores jogadores do plantel sempre, mas as lesões impediram que se tornasse um dos melhores do clube (foram 5 anos no clube). Segundo o Transfermakt, o seu pico de valorização foi de 7M€ enquanto estava no Sporting.
Mas não foi azar com as lesões. Até porque algumas lesões dele estão muito mal contadas...
Izmailov teve uma saída para o Porto que foi uma pequena traição. Talvez não tão grande devido ao fato de ser tantas vezes afetado por lesões. Não chegou a fazer 100 jogos no campeonato português.

Outro pormenor do qual ninguém fala: Izmailov nunca chegou a aprender a falar português. Lembro-me de Vukcevic falar numa flash de forma super aceitável passados apenas 2/3 anos de Sporting, mas Izmailov, nunca. Zero. Falta de interesse? Dedicação?                          




BOJINOV- Vou-vos apenas deixar uma imagem que acredito ser um perfeito resumo da sua passagem em Alvalade:
Taça da Liga, frente ao Moreirense. Penalty que daria a vitória já nos 90+2
JEFFREN -Sejamos honestos, Jeffren tinha muita qualidade. Era um jogador da formação do Barcelona e com títulos relevantes (Liga dos Campeões, 3 Ligas Espanholas e um Europeu Sub-21). Mas as lesões... Chegou ao cúmulo de se lesionar a marcar um golo de livre direto 15 minutos depois de ter entrado, tendo acabado o jogo com 10 jogadores e a perder perto dos 90' frente ao Marítimo (2-3). Para além disso teve tristes episódios como claros protestos por ser substituído e este da foto:
A dormir no banco
SHIKABALA- Nem vou comentar.

JOEL CAMPBELL- Acreditei sinceramente que seria o fim da "maldição". Campbell teve boas exibições no início, mas depois deixou de se ver. Má cultura tática, só talento. Fica na memória 1 golo num dos primeiros jogos que fez e uma grande jogada que acabou por assistir Bas Dost frente ao Benfica. Foi pena.

Conclusões finais

Chamem o que quiserem. Maldição, azar, coincidência. Mas até os jogadores têm fugido do nº7 em Alvalade. Pode ser apenas uma formalidade, mas para quem é supersticioso faz a diferença (e ser supersticioso no mundo do futebol é algo complexo).

Deixo só uma dica: entreguem a alguém da formação, alguém vindo da Academia. Os jogadores novos parece só quererem números grandes. É 66, 34, 77, 47, 45,... Se formos ver bem, o jogador que melhor se safou (e muito) foi mesmo Luís Figo, jogador formado em...

O número tem algum misticismo no futebol. Não foi por acaso que Sir Alex Fergunson o deu a Cristiano Ronaldo quando este chegou a Manchester. Até chama mais à atenção ver um jogador a envergar a camisola 7, associado a número de craque. Alguns até o pedem quando assinam por um clube. 

Serviria para valorizar/motivar um jogador como... Gelson Martins. 

Acabem com esta coisa da maldição e criem a tradição de o entregar aos craques da academia. Acabem com o mito/maldição, criem a mística do craque da academia, o nº 7 de Alvalade!

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