sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Festa da Taça: Oleiros 2-4 Sporting

É para isto que existe a Taça de Portugal. Para a mobilização dos adeptos ao longo de todo o país, para a festa do futebol, para os golos, para os embates de Davides e Golias.

Ontem foi uma boa noite de futebol, daqueles jogos que, sem querer parecer sobranceiro, em princípio estão ganhos, mas sempre com aquele bichinho de querer ver como vão correr as coisas.

Foi jogo para ver as segundas linhas a trabalhar e mostrar o que valem. O 11 base poucas variações foi tendo e urge garantir qualidade no banco, ver do que são capazes os suplentes. Gosto particularmente de ver estes jogos para matar a curiosidade, apesar de a qualidade de jogo por vezes baixar brutalmente. Ontem não foi bem o caso. Boa troca de bola, velocidade, controlo do meio campo e vocação ofensiva. Mas nunca esquecer, com todo o respeito, o adversário era o modesto Oleiros.


Salin mostrou segurança no jogo de pés mas ainda sofreu dois golos. Ajudaram à festa, mas são golos sofridos pelo Sporting e como tal, desnecessários.

A defesa acabou por ser o sector mais fraco, talvez devido ao pouco trabalho a que foram sujeitos os centrais ao longo do jogo. André Pinto até ao momento não fez nada de especial com a camisola do Sporting, enquanto que Petrovic mostra uma nova cara relativamente ao ano passado, mais seguro mesmo numa posição que não é a dele.

Os laterais trabalharam bastante ofensivamente. Jonathan Silva coleccionou alguns cruzamentos para a área e Ristovski voltou a mostrar que tem qualidade para mais testes futuros (de destacar a garra e velocidade do Macedónio, tenho um bom feeling quanto a ele).

Palhinha foi o homem do jogo e bem. Bisar na partida não é algo a que estejamos habituados a ver por parte do trinco português, um dos golos com nota artística. Fez um bom jogo, defensivamente bem, a impôr a sua força física e sempre atento ao jogo. Ainda deu para surpreender com umas arrancadas na linha e uns movimentos técnicos interessantes.

Mattheus mostrou pormenores e marcou um golo, mas não mais. Em princípio a pior contratação deste ano, mas vamos ver o que o futuro guarda.

Iuri merece todo um post sobre ele. O que se passa com ele? Após três anos emprestado e em grande nível, o extremo tem feito exibições dolorosas para os adeptos que há 1 ano pediam que ele tivesse sido integrado no plantel. A camisola pesa? Deve ser puxado para o meio em vez da ala? Problemas com Jorge Jesus? Outro tipo de problemas fora de campo?... Muito estranho. O Sporting, e a liga portuguesa, precisam do Iuri que nos habituámos a ver. Força Iuri.

Bruno César esteve aceitável no jogo. Sinceramente, é dos jogadores que menos gosto de ver a entrar a meio dos jogos. Mais lento e faltoso apesar de trabalhador. Mas com Acuña a dar 110% todos os jogos e Iuri na forma atual, lá vou ter de aceitar. (Trabalha Jovane!)

Podence foi craque. Podence é craque. Ofereceu três golos e foi igual a ele mesmo. Mostrou que está para lutar por minutos na equipa principal e que a lesão já faz parte do passado. A par de Palhinha, o jogador que melhor agarrou a oportunidade da noite passada.

Gelson Dala. Uma noite sofrível para os adeptos angolanos que desesperam pelo sucesso do compatriota na equipa verde-e-branca. Muito bem tecnicamente e no apoio mais recuado, mas com pouca bola na frente.

Último destaque: Rafael Leão. É por estas coisas que eu gosto de ver estes jogos de segundas linhas. O jovem avançado marcou ontem na sua estreia com apenas 18 anos, sendo o seu 5º golo nesta época e na terceira competição (Taça de Portugal, Campeonato Nacional de Juniores e II Liga). Entra no top 5 dos jogadores mais novos a marcar pelo Sporting no século XXI. Olhando aos restantes elementos do top, terá futuro.


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